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Narges Mohammadi, ativista iraniana ganhadora do Nobel, é condenada a mais um ano de prisão

Narges já cumpre uma sentença de 10 anos em uma prisão em Teerã desde 2016

Narges Mohammadi, laureada com o Prêmio Nobel da Paz no ano passado, foi sentenciada a mais um ano de prisão por um tribunal no Irã.

A ativista de direitos humanos de 52 anos, que passou a maior parte das últimas duas décadas na prisão, foi considerada culpada de disseminar “atividades de propaganda contra o regime” pelo Tribunal Revolucionário de Teerã, conforme relatado por seu advogado por seu advogado Mostafa Nili no X, antigo Twitter.

As informações são da rede CNN.

Os motivos citados pelo tribunal incluem comentários sobre Dina Qalibaf, uma estudante que alegou ter sido vítima de tortura e abuso sexual pelas forças de segurança, além do apoio ao boicote às eleições de março e cartas enviadas a parlamentares suecos e noruegueses. Narges optou por não comparecer ao julgamento, criticando-o como “injusto e absurdo”.

Também foram mencionadas pelas autoridades uma carta escrita por Narges na qual ela apelava aos iranianos para boicotarem as eleições parlamentares de fevereiro, além de correspondências da ativista com os parlamentos da Suécia e da Noruega.

Quando recebeu o Prêmio Nobel em outubro passado por sua luta contra a opressão das mulheres no Irã, Narges já estava cumprindo uma sentença de 10 anos na prisão de Evin, em Teerã, imposta em 2016.

Os filhos de Narges, Ali Rahmani e Kiana, receberam o prêmio em seu nome e discursaram em Oslo, homenageando a determinação do povo iraniano em desafiar o regime da República Islâmica.

Narges já estava cumprindo uma pena de 10 anos na prisão de Evin, em Teerã, desde 2016, quando recebeu o Prêmio Nobel em outubro passado por sua “luta contra a opressão das mulheres no Irã”.

Mesmo no cárcere, ela continuou seu ativismo publicando uma carta pedindo o fim da guerra em Gaza e condenando um ataque israelense que resultou na morte de mais de 45 palestinos.

Em abril, durante um período em que as autoridades aumentavam a repressão às mulheres que desafiavam as leis obrigatórias de uso do hijab no Irã, após os protestos nacionais de 2022, Narges incentivou os iranianos a se oporem ao que ela denominou como “campanha contra as mulheres”.

Em maio, após a ONU (Organização das Nações Unidas) anunciar planos para uma cerimônia em memória do presidente iraniano, Ebrahim Raisi,

Narges foi uma das ativistas que mostrou indignação com a homenagem, chamando o evento de “uma comemoração das execuções e assassinatos em massa”.

Presa, ela escreveu de sua cela em Teerã: “Quando os governos do mundo homenageiam um flagrante violador dos direitos humanos e um carniceiro da história do Irã como se estivessem lamentando uma figura democrática e amante da paz, estabelecem um precedente perigoso”.

A família da ativista afirmou em um comunicado que ela enfrentou seis julgamentos nos últimos três anos e foi condenada quatro vezes por “protestar, expor e relatar assédio e abuso sexual por funcionários do governo”.

Isso resultou em uma sentença acumulada de 13 anos e três meses de prisão, 154 chicotadas, exílio e quatro meses de trabalho comunitário, conforme acrescentaram.

FONTE: A REFERÊNCIA

 

Redação Portugal

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