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Morre filha e neta de brasileiros desaparecida após ataques do Hamas em Israel

"A Celeste não está mais conosco",

  • Julia Braun –De BBC Brasil em São Paulo

A família de Celeste Fishbein-Zaarur, filha e neta de brasileiros que estava desaparecida após ataque do Hamas em Israel, confirmou nesta terça-feira (17/10) que a jovem, que tinha 18 anos, morreu.

“A Celeste não está mais conosco”, afirmou Mario Fishbein, de 66 anos, tio de Celeste, à BBC Brasil.

“Recebemos a notícia de que o corpo dela foi encontrado e reconhecido. Foi um aviso oficial do Exército”.

Celeste é filha e neta de brasileiros e morava no kibbutz Be’eri, localizado no sul de Israel. A comunidade rural foi uma das atacadas no sábado (7/10), quando integrantes do grupo extremista mataram mais de 1.000 israelenses em uma incursão surpresa.

Durante o final de semana, a família havia recebido uma comunicação das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) dizendo que ela havia sido sequestrada pelo Hamas.

Na ocasião, o tio da jovem manifestou preocupação sobre o estado da sobrinha.

“A esperança é que ela esteja viva, que ela esteja bem, que ela esteja tranquila”, disse no sábado. “Mas não sabemos se ela voltará a mesma pessoa.”

Com a confirmação da morte da jovem, porém, a família foi informada de que o corpo da jovem foi encontrado no caminho entre a sua casa e a Faixa de Gaza.

Segundo Mario, o Exército acredita que ela foi capturada pelo Hamas, mas morta no percurso até Gaza.

Celeste (dir.) ao lado da mãe e da avó, brasileiras, e do irmão

Celeste (dir.) ao lado da mãe e da avó, brasileiras, e do irmão

Celeste vivia em Be’eri com o namorado e trabalhava lá como babá.

O ataque ao kibbutz no dia 7 começou com o disparo de mísseis e o soar dos alarmes de alerta.

Assim como os outros moradores, Celeste se abrigou no quarto seguro de sua casa. Ao lado do namorado, se comunicava com seus parentes que vivem na cidade de Netanya, a norte de Tel Aviv, sobre a invasão.

Na última mensagem recebida pela família, Celeste informava que os membros do Hamas estavam se aproximando do bunker onde ela estava.

“Ela disse que eles estavam se aproximando e que tinham tomado o controle do grupo da comunidade. Ou seja, que poderiam enviar informações ou imagens falsas por lá”, conta Fishbein.

“Depois disso ela não falou mais nada.”

Casa destruída no kibbutz Be'eri

Mais de 100 pessoas morreram no kibbutz Be’eri

Estima-se que cerca de 199 israelenses estejam nas mãos do Hamas atualmente, entre homens, mulheres, idosos e crianças.

Com os reféns detidos em locais secretos em Gaza, o governo de Israel agora enfrenta uma situação delicada.

No sábado (14/10), as Forças Armadas do país anunciaram que se preparam para atacar Gaza por terra, ar e mar – e muitos temem pela segurança dos sequestrados.

Fonte: BBCNEWS BRASIL

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